A Iberdrola vai construir em Portugal o maior projecto fotovoltaico da Europa

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A Iberdrola vai construir em Portugal o maior projecto fotovoltaico da Europa

13 de Março 2023

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Em 2025, quando entrar em funcionamento, a central fornecerá energia limpa suficiente para responder às necessidades anuais de cerca de 430 mil residências.

A Iberdrola obteve a licença ambiental para construir em Portugal o maior projeto fotovoltaico da Europa e o quinto maior do mundo. Com 1.200 megawatts (MW) de capacidade instalada, ficará no concelho de Santiago de Cacém, perto de Sines, importante pólo logístico do sul da Europa, e terá como parceira a Prosolia Energy, promotora de projectos solares.

Em 2025, quando entrar em funcionamento, a central Fernando Pessoa, assim chamada em homenagem ao poeta, fornecerá energia limpa, barata e de produção local suficiente para responder às necessidades anuais de cerca de 430 mil residências, uma população equivalente a quase duas vezes a cidade do Porto. A instalação, cuja ligação à rede já está contratada com a REN, evitará o consumo de 370 milhões de metros cúbicos de gás por ano, volume necessário para produzir a mesma quantidade de energia em ciclo combinado.

O terreno que albergará o projeto está já assegurado e a construção gerará até 2.500 empregos, a maioria desempenhados por trabalhadores locais. A central será um exemplo de convivência de novos empreendimentos renováveis com o património ambiental e as comunidades locais. O projeto contempla um Programa de Ações Socioeconómicas, que inclui medidas como a formação profissional na área da energia ou o apoio ao setor do turismo, para além do fornecimento de energia solar às comunidades próximas.

No que respeita à proteção da biodiversidade, o terreno poderá ser utilizado pelos pastores locais como pasto para a criação de gado ovinos e serão introduzidas colmeias, o que contribuirá para melhorar a estabilidade dos ecossistemas e aumentar o rendimento do cultivo nas terras agrícolas circundantes. Além disso, serão feitas plantações na área ao redor da infraestrutura para substituir o eucalipto, espécie invasora, por árvores autóctones.